segunda-feira, 29 de abril de 2013

[Destaque Nacional] Juntos para Sempre - Walcyr Carrasco

Título: Juntos para Sempre
Autor: Walcyr Carrasco
Editora: Arqueiro
N° de páginas: 206
Sinopse: Alan é um advogado bem-sucedido de São Paulo e leva uma vida aparentemente perfeita: mora em uma cobertura luxuosa, namora uma mulher lindíssima e pode ter tudo o que quiser. Mas todas as noites é atormentado por um sonho que o leva a um amor de outra vida. Assiste à morte na fogueira de uma jovem. E nesse momento promete: “-Eu me amarei para sempre!”. Quando desperta o sonho fica em sua cabeça. Envolvido por esse mistério, Alan vive dias de angustia. Tudo muda quando ele viaja para uma cidade do interior e encontra uma moça semelhante à que aparece em seu sonho. A profunda emoção que sente ao vê-la confirma que é a mesma pessoa. Essa é a primeira de várias evidências de que nada acontece por acaso. Mas, para seu espanto, a moça foge aterrorizada ao deparar com ele. Agora Alan precisa descobrir quem é essa mulher e qual é a ligação entre eles. Para isso, terá que rever sua existência e descobrir que as coisas realmente importantes não podem ser compradas. Auxiliado pela Terapia de Vidas Passadas, ele se entregará a uma árdua jornada de autoconhecimento. E entenderá que, embora o passado não possa se mudado, há uma nova vida para superar os erros e refazer os laços de amor, em busca de um futuro luminoso. Juntos para sempre é um livro cativante, escrito com a sensibilidade de Walcyr Carrasco, consagrado autor da TV Globo, conhecido por novelas como Alma gêmea, O cravo e a rosa e Chocolate com pimenta, todas campeãs de audiência.

Nota Pessoal:
“Uma vez me disseram que na vida temos duas famílias. Aquelas em que a gente nasce e aquela que escolhemos...” Pág:86
Juntos para Sempre é uma história de amor. Mas, mais que isso, é uma história sobre perdas, medos, traumas, perdão e amizade, com uma pitada de mistério transcrita de uma forma magicamente boa de ler.
Alan é um advogado que vivia de luxos, fruto proveniente do seu trabalho bem exercido. Espera muito da vida, mas mantém – ou tenta manter – uma relação superficial com Érica, uma mulher que só pensa em status, roupas caras e pessoas ‘importantes’ – ou importantes na visão distorcida dela.
Um sonho que se repetia noite após noite e atormentava a vida de Alan, parece que só consegue ficar mais forte e vívido com o passar do tempo. Nele, o advogado se vê transportado para uma época distante, no corpo de alguém estranho, prometendo algo quase que impossível de se acreditar perante a situação: amar uma jovem mulher, acusada de bruxaria e condenada à fogueira.
Mas foi quando seu amigo Tobias - que nunca tomou um rumo na vida – recebeu uma misteriosa herança de um tio distante, que a vida agitada de Alan começou a mudar. A insistência de Tobias para que o advogado cuidasse pessoalmente da papelada do processo, levou Alan a um mundo que ele nunca imaginara.
Em uma tarde qualquer, tentando conhecer a cidade, Alan se depara com a jovem mulher do seu sonho. Tamanho foi o susto que ambos levaram. Ele por reconhecer imediatamente, mesmo que tivesse traços diferentes, que aquela mulher era a que povoava seus sonhos. Ela por sentir uma angustia que tomava seu peito, lenta e misteriosamente, quando o vi pela primeira vez.
“ – Alan, não há forma para lidar com os sentimentos. Amar não é como matemática onde dois mais dois são quatro...” Pág:176
Daí, uma série de fatores levam Alan a fazer regressões – Terapia de Vidas Passadas – e tentar desvendar o mistério do sonho, e a repulsa que Anna, a mulher misteriosa dos sonhos e da vida real, sentia por ele.
O livro tem uma temática interessante, e o jeito como o Walcyr conduz toda a história é muito bom. Alan é um personagem bem desenvolvido e temos a história sob o seu ponto de  vista. Na verdade, ao longo de toda a leitura achei o personagem muito conflituoso. Ao mesmo tempo que ele tentava desesperadamente aproximar-se e ganhar a confiança de Anna, tinha medo e tentava ao máximo adiar a tão temida conversa com a Érica.
O autor leva toda a história em uma linguagem simples e singular, e o livro é recheado de citações que faz o leitor refletir sobre a vida, e como algumas decisões impensadas podem desencadear em uma sucessão de coisas desagradáveis para si e para os outros.
Em controvérsia, algumas partes são tratadas superficialmente e quase corridas, como se não tivessem grande importância na narrativa – quando na verdade eu achei que tinha. Tudo acontece muito rápido, o que me causou duas sensações distintas: o gostar de tudo ter um ritmo mais rápido, dinâmico, prendendo o leitor da primeira a última página; e a necessidade de querer ler algo mais aprofundado, cenas mais demoradas, com diálogos mais longos.
Mesmo não lendo muito sobre o tema em si – vidas passadas/reencarnação – o jeito como o autor o abordou muito me agradou.
“ – Mas o que realmente importa não é o que vivemos em outra vida.
-  O que é então, Anna?
- O que vamos viver nessa de agora. Nós dois.
E, pela primeira vez, Anna me beijou...” Pág: 203
E a história de Anna e o irmão é incrível. Sim, eles são os dois personagens que mais gostei no livro, tanto pela fundamental importância que ambos desempenham na história, como na história de vida que tiveram ao lado do tio de Alan.
E pra mim, o Walcyr não poderia descrever melhor o fascínio que os irmãos Anna e Tobias compartilhavam pelo circo; Mesmo que através de  cenas rápidas, o cenário encantador, palco do espetáculo circense descrito quase que minuciosa e encantadoramente, o autor só aumentou o fascínio que tenho por livros que abordam o tema 'circo'.
Um livro encantadoramente belo, que mesmo tendo cenas um pouco corridas e pouco aprofundadas, consegue prender o leitor do começo ao fim; E principalmente: nos passa uma bela e profunda lição.
BOA LEITURA!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

[Adaptações Literárias] Um Porto Seguro

Eu sempre gosto das adaptações que fazem dos livros do Nicholas Sparks. E não é por eu sempre gostar dos seus livros e por ser fã do autor, que digo isso. Mas até hoje, eu nunca achei que cometeram grandes deslizes em suas obras adaptadas. E foi esse gostinho de 'romance-doce-e-sutil' que eu pude sentir quando sentei para assistir 'Um Porto Seguro'.


A história que pude acompanhar no cinema seguiu a mesma linha do livro, com diálogos interessantes, atores que fizeram jus aos seus devidos personagens, cenas fiéis – claro que nunca é completamente – e uma trilha sonora simplesmente....perfeita.
Pra quem leu a resenha do livro – aqui – sabe que essa é uma das histórias que o Sparks escreveu, que eu mais gostei. Tanto por sua simplicidade e seu lado ‘chicê’, como por apresentar um lado sombrio, enigmático.
Mas se ao mesmo tempo eu consegui gostar da adaptação, foi esse lado ‘sombrio, enigmático’ do livro - que na verdade não é tão explorado como foi no filme- o grande problema da adaptação.
Eles pegaram isso e exploraram ao máximo, o que tornou o filme por vezes com cenas desconexas – ao menos para quem não leu. Acho que o foco principal da história é o casal, Katie e Alex, e o quanto o amor que um sentia pelo outro, ajudaria ambos a superaram seus medos, traumas e limitações. E não a busca obsessiva e frenética que vemos durante quase todo o filme, do marido dela, tentando encontrá-la.
Porém, se isso foi um aspecto negativo, o que teve de positivo foi o que me fez sair feliz e satisfeito do cinema.
Como não amar as interpretações perfeitas? E como não amar os cenários maravilhosos? A trilha sonora incrível? A imagem...fascinante? Tudo isso e um pouco mais é o que deixa essa sensação de satisfação. Saber que por mais  mudanças que tenham sido feitas no enredo adaptado, os acertos foram muito maiores e significativos.
A adaptação traz cenas que não são descritas no livro, e sabe o que eu achei? Muito legal, porque não atrapalham em nada o enredo, contrário a isso: acrescentam e enriquecem a história.
Enfim...a história é linda, faz jus ao sobrenome Sparks, mas sinto que quem ainda não leu o livro - e pude presenciar isso no cinema - fica perdido em algumas coisas, alguns detalhes que são de fundamental importância, mas que não dariam para ser levados as telonas.

Olha que imagem linda!!! Condiz ou não com o retatro que o Sparks desenhou na cabeça do leitor?! *.*
E sabe o que eu gostei mesmo?! Ver pessoas sairem chorando do cinema - isso é a essência do Sparks - com aquela cena lindamente emocionante no fim do filme. E foi a mesma sensação de dever cumprido que me preencheu quando eu terminei de ler. Saber que apesar de tudo - ou talvez por causa de tudo - o Sparks sempre irá ser o meu autor favorito.
BOM FILME!!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Projeto 'Escute um livro'

Se te uma coisa que me deixa feliz, é ver o quanto existem pessoas que estão dispostas a mudar a realidade do nosso país. Para muitos é apenas uma utopia, enquanto para os que acreditam verdadeiramente que é possível e estão dispostos a fazer com que seja, superar obstáculos é apenas mais uma pedra no caminho.

E foi com esse propósito que o autor Gustavo Rosseb, autor do livro ‘A Odisséia de Tibor Lobato’ resolveu criar o projeto ‘Escute um livro', com o intuito de levar a leitura a crianças e jovens que tem deficiência visual.
Tendo como objetivo principal possibilitar a leitura através de áudio livros, o que o autor nos faz perceber é que se podemos fazer algo para possibilitar a acessibilidade, tornando o país um lugar melhor, por que não fazê-lo?!
O pontapé para dar vida ao projeto surgiu quando uma jovem com deficiência visual mostrou-se interessada na leitura de ‘A Odisséia de Tibor Lobato”. Só que existia um empecilho que a impedia; Sua deficiência  limitava um dos maiores prazeres que poderia – e que para nós pode parecer algo simples e natural - : a leitura.
 
A história que comoveu o autor, foi ao mesmo tempo fantástica e motivadora. O desejo da jovem o levou a dedicar-se a fundo ao projeto e torná-lo realidade.
Isso nos mostra o quanto é possível lutar por aquilo que queremos. Mais que isso, nos mostra que o Brasil, tem sim pessoas que dedicam-se e dispõem-se a ajudar os outros.
Acredito no valor real que temos na sociedade, na força que existe em se trabalhar em coletivo e na necessidade de fazer alguma coisa. Dessa forma, a visão com relação ao mundo acaba sendo diferente da grande maioria”, o autor responde, quando perguntado sobre a importância do projeto.
Com data marcada para 5 de maio, o evento oficial do projeto será realizado as 16:00, no teatro da Biblioteca Monteira Lobato, Praça Rotary – SP. Com entrada franca.
O autor ainda ressalta que  está fazendo muito pouco, mas que espera que o projeto sirva de exemplo para que essa ação se propague país afora.
E eu também espero. Não só no sentido do livro áudio – como é o projeto – mas num sentido mais amplo. Porque são nossas pequenas atitudes que levam a grandes passos no desenvolvimento do nosso país.
Gustavo ainda declara: “Somos um país carente de acessibilidade, mas também somos um país onde a grande massa é carente de interesse. Somos perfeitamente capazes de criar essa ‘acessibilidade’".
A princípio, a ideia é criar 1000 áudios livros que serão doados para crianças e jovens cegos.
O projeto ganhou uma página na internet, e se você quiser ajudar ou até mesmo conhecer mais a fundo, é só acessar a página http://catarse.me/pt/escuteumlivro

sábado, 20 de abril de 2013

[Resenha] Um Porto Seguro - Nicholas Sparks


Título: Um Porto Seguro
Título original: Safe haven.
Autor: Nicholas Sparks
N° de páginas: 414
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Quando uma mulher misteriosa chamada Katie aparece repentinamente na pequena cidade de Southport, na Carolina do Norte, questionamentos são levantados sobre seu passado. Linda, mas discreta, Katie parece evitar laços pessoais formais até uma série de eventos levá-la a duas amizades relutantes: uma com Alex, o viúvo, com um coração maravilhoso e dois filhos pequenos, a outra com sua vizinha muito franca, Jo. Apesar de ser reservada, Katie começa a baixar a guarda lentamente, criando raízes nessa comunidade solícita e tornando-se próxima demais de Alex e de sua família. No entanto, quando Katie começa a se apaixonar, ela se depara com o segredo obscuro que ainda a assombra e a amedronta: o passado que a deixou apavorada e a fez cruzar o país para chegar no paraíso de Southport. Com o apoio simpático e insistente de Jo, Katie percebe que deve escolher entre uma vida de segurança temporária e outra com recompensas mais arriscadas... e que, no momento mais sombrio, o amor é seu único refúgio.



Nota Pessoal:
Mais um livro encantador, de um autor encantador; Nicholas Sparks em ‘Um Porto Seguro’, mescla mistério, suspense e uma linda história de amor, envolvendo o leitor com uma narrativa fluída e de rápida leitura.
Katie é uma mulher misteriosa. Vive quase que isolada em uma área de uma cidade pequena, é garçonete e faz o possível para não se envolver com ninguém, não fincar raízes em um determinado lugar. Até Jo, uma jovem também misteriosa, decidir alugar a casa vizinha a dela.
Ambas com seus mistérios e segredos, começam a criar uma amizade pura e verdadeira, e aos poucos Katie ver-se saindo do casulo que criou para si mesma, libertando e dando brecha à sentimentos que ela prometeu jamais compartilhar com alguém.
Alex é viúvo, dono de uma pequena loja da cidade, com dois filhos, e aprendendo a conviver com sua perda. Esforçando-se para tentar ser o melhor pai do mundo – em uma tentativa de compensar a falta da mãe para as crianças.
E o destino, sempre disposto a mudar a vida das pessoas, acaba por arrumar um ‘encontro casual’ entre Katie e Alex.  Só que existem dois extremos na vida dos dois. Enquanto ela não quer envolver-se com alguém, confiar em ninguém e muitos menos compartilhar uma relação amorosa com um homem, ele é um aprendiz de pai, que tenta ao máximo ser uma boa pessoa, e que apesar de todas as provações, talvez estivesse disposto a recomeçar a vida – por mais difícil que isso possa parecer.
O grande problema são os traumas de Katie. Ela ao mesmo tempo que é linda, traz consigo um passado traumático, e definitivamente não está disposta a revelar-se e correr o risco de viver aquilo de novo.
Mas ele é paciente e sabe esperar o momento certo – e sabe também que na hora certa, e se for pra ser, ela deixará de lado suas limitações e medos – para entregar-se ao amor. Antes, ele consegue penetrar na vida dela e plantar uma semente de confiança e amor que ela não imaginava ser possível.
Pra mim, ler Nicholas Sparks é sempre uma experiência nova; a cada livro, e mesmo que todas as histórias pareçam clichês, o autor sempre inclui em seus livros personagens e cenas marcantes, diálogos incríveis e cenários maravilhosos que me fazem ficar apaixonado por todas e cada uma de suas histórias.

“Todo mundo tem um passado, mas ele se limita a ser apenas o passado. Você pode aprender com ele, mas não pode mudá-lo. A pessoa que eu conheço é aquela que eu quero conhecer ainda melhor...” Pág: 160

‘Um Porto Seguro’ está longe de ser somente mais uma história de amor. O livro traz um tema mais complexo: a violência doméstica. E como isso pode parecer simples de ser resolvido, quando na verdade é muito mais complicado do que muitos pensam. Katie mais especificamente, é um retrato da maioria que sofre essa violência. A atmosfera de tensão que permeia o livro nos faz perceber o quanto a personagem tinha medo de ser descoberta e voltar a sofrer tudo novamente, mais – e principalmente – pelo fato do seu próprio marido ser um policial.
Falando de outros personagens, sempre fico admirado com a capacidade do Sparks de me fazer amar seus personagens aparentemente secundários, quando na verdade eles compõem papel importante no livro. Posso citar os filhos do Alex: Kristen e Josh. Eles cativam o leitor logo de cara – principalmente a Kristen – com suas personalidades fortes e ao mesmo tempo inocentes. E claro, a Jo – que na verdade esconde um segredo incrivelmente maior do que nós leitores percebemos no início.
E Katie e Alex formam um dos casais mais fascinantes que Nicholas Sparks já conseguiu escrever – tá, eu amo todos os casais que ele escreve. A Katie mesmo com todos os seus medos, é uma mulher forte, inteligente e extremamente amorosa. O fato de ela tentar ser uma mãe que Kristen e Josh não tiveram e saber até onde pode ir, entendendo e fazendo as crianças entenderam que a mãe deles era uma pessoa incrível, me fez ficar fascinado pela personagem.
Enquanto ele é o homem perfeito – e quando digo perfeito, não quero dizer que ele não tenha defeitos, mas talvez seja seus defeitos e o modo como ele lida com os mesmos que o torne assim – que sabe respeitar o espaço das pessoas, cuida dos filhos com tanto amor quanto possível, e principalmente: mesmo amando e querendo Katie de uma forma quase insuportável, ele a respeita e sabe dar um passo de cada vez no relacionamento.

“Tudo o que Alex sabia com certeza era que, aqui e agora, ele estava se apaixonando perdidamente por aquela mulher e que esperava que ela sentisse o mesmo em relação a ele...” Pág: 155

Sparks conseguiu mais uma vez me deixar apaixonado por mais uma de suas histórias. É uma trama bem construída, estruturada e com passagens únicas e emocionantes.
Se você já é fã do autor, com certeza seu amor só aumentará, e se ainda não é e/ou não leu algum livro dele, ‘Um Porto Seguro’ seria um ótimo livro para começar.
BOA LEITURA!!!




quinta-feira, 18 de abril de 2013

[18 de abril] Dia Nacional do Livro Infantil

Internacionalmente, o Dia do Livro Infantil é comemorado no dia 2 de abril. Mas aqui no Brasil, o dia que marca essa comemoração é 18 de abril, aniversário de Monteiro Lobato, grande nome da nossa literatura.

Nascido no interior de São Paulo, Monteiro Lobato inovou a literatura brasileira ao criar os personagens do famoso ‘Sítio do Picapau Amarelo’, que foi levado à televisão nos anos 80, e mais recentemente nos anos de 2001 e 2002.
Além do sítio, Monteiro Lobato escreveu outras obras, incluindo: A Onda Verde, América, dentre outros.
Oficialmente, foi em 2002 que a data foi reconhecida por lei como ‘Dia Nacional do Livro Infantil’, como forma de homenagear um dos maiores escritores para jovens e crianças, do país.

Incentivar uma criança a ler deve ser tomado como princípio básico da educação. Tendo em vista que o Brasil ainda é um país muito carente de leitores, os pais podem e devem ser os primeiros incentivadores e exemplos para que a criança leia.
Seja através de livros, gibis, qualquer leitura, nunca deixe de incutir em uma criança o gosto pelas histórias. Dê a ela a oportunidade de viajar, sorrir, e se envolver com tudo aquilo que está escrito. Ensine-a a pensar e diga a ela o quanto isso é importante.
Não. Não estou dizendo para força-la – até porque nada que é forçado proporciona prazer – estou pedindo para despertar nela o interesse por aquilo que futuramente a ajudará de uma forma incomensurável.


Nunca ache que isso é algo de interesse restrito da escola. Os pais é que dão a boa educação, a escola a aperfeiçoa. Assim é a leitura. É algo tão pequeno, mas de uma grandeza tão infinita.
E acho que é exatamente aí o problema da maioria dos brasileiros. A falta de incentivo na infância, refletida na adolescência e na vida adulta. E isso é um problema grave, que implica em consequências negativas para a pessoa e para o país.
Precisamos ler para as crianças. Precisamos ajudá-las a compreender o universo que as rodeia, porque só assim teremos jovens e adultos que sabem discernir o certo do errado.


 

Muitos são os livros infantis brasileiros. Nossa literatura é riquíssima em autores que dedicaram seu tempo para escrever para crianças; Podemos citar o grande Maurício de Souza, que mudou a infância de muita gente com os incríveis personagens da ‘Turma da Mônica’.


Outro grande nome é Cecília Meireles, que enriquece ainda mais com: Ou isto ou aquilo, e outros.
Além de Ana Maria Machado e Ruth Rocha, com textos maravilhosos, muito dos quais são as leituras incluídas nos livros de ensino fundamental das crianças.
E o incrível Manuel Bandeira que encantou jovens, Brasil afora, com ‘Droga da obediência’ – romance ganhador de vários prêmios. Além de também escrever: Cavalgando o arco-íris, O dinossauro que fazia au-au.
Eu poderia escrever todos os nomes, mas seria quase que impossível. Não citei os autores acima por achá-los os melhores os mais importantes, mas porque foram autores que eu li quando criança; Autores que me fizeram ficar apaixonado pelas historinhas infantis e aparentemente bobas, mas sempre com uma lição de moral.
Portanto e reafirmando, leia para uma criança. Transforme sua infância em uma imensidão de possibilidades.
Porque eu ainda sonho em um Brasil que será reconhecido como: O País da Leitura.     



segunda-feira, 15 de abril de 2013

[Correio Literário #01]

Olá leitores, como estão?!
Então, depois de inúmeras tentativas frustradas de gravar um vídeo para a coluna ‘Correio Literário’, resolvi que faria em forma de fotos mesmo – quem sabe eu consiga gravar um vídeo da próxima?!.
Vamos lá, conferir os livros que recebi nesse último mês.
Da Editora Arqueiro:
Recebi o kit do livro ‘Uma Curva na Estrada’ do Nicholas Sparks *-*. Acho que todo mundo sabe a admiração que eu nutro pelo autor, e o quanto sou fã.
Estou super ansioso para começar a leitura, pois tenho certeza – olha a convicção – de que irei adorar – eu sempre adoro as histórias do Sparks.

O Kit veio com a bolsinha da arqueiro, dois marcadores, o livro e um bottom.

Veio também o kit do livro ‘O Inferno de Gabriel’ que foi uma das grandes apostas da editora. Já li o livro – resenha aqui – e não achei nada surpreendente ou coisa do tipo, porém, foi uma leitura legal. Achei legal e criativo o cartão pen-drive que veio no kit. Nele estão inclusos: alguns conteúdos do livro, um guia ilustrado, e-book do livro ‘A Divina Comédia’ – livro que é bastante citado em ‘O Inferno de Gabriel’ e o book trailer.
No Kit, veio: o livro, dois marcadores, um bottom e um cartão pen-drive.

E um dos meus livros mais desejados: ‘Juntos para Sempre’, do Walcyr Carrasco. Assim que soube do lançamento, fiquei super curioso para ler, até porque eu curto as novelas do autor, e já li alguns dos seus livros – embora, fossem mais voltados para o público infantil e pré-adolescente – e gostei. Então, acho que vai ser uma leitura bem especial.

Também vieram vários marcadores da editora.

Em março, o blog fez algumas parcerias com autores nacionais. Vejam o que eles mandaram para ser resenhado aqui.
Da autora Eleonor Hertzog, eu recebi o kit do livro ‘Cisne’, que é super lindo e veio com duas canetas, um mouse pad e uma ecobag do livro.
É um livro que eu estava louco pra ler, mas nunca conseguia achar o contato da autora. Enfim, consegui, entrei em contato e consegui parceria com ela.

Não sei porque a eco-bag não saiu na foto *rsrs*. Eu devo ter esquecido.

Recebi também da Vanessa Martinellei o livro ‘Amigos Inimigos’, que já li e achei a história bem legal e divertida. É um livro adolescente, com cenas rápidas, mas é uma ótima pedida pra quem está procurando um livro mais leve e divertido. Em breve, posto resenha pra vocês.
E do Gabriel Schmidt eu recebi ‘A Ordem Perdida’, que também é uma das próximas leituras, por ser um livro pequeno e que lerei rápido. Acho que vou gostar muito, por se tratar de um tema que aprecio, e porque o autor fez um vídeo falando que é uma série e que pretende escrever mais uns 7 ou 8 livro *não lembro muito bem*. Posso dizer que isso me empolgou bastante também.

Depois de ‘A culpa é das estrelas’ eu posso dizer que leria qualquer livro do John Green, e mesmo que todos dissessem que era/é ruim. Não foi diferente quando fiquei sabendo do lançamento de ‘O Teorema Katherine’. Demorei um pouco para comprá-lo, mas não pude resistir, fui lá na submarino e tive que comprar.
O livro tem uma capa bem linda, e a história me parece emocionante, tão quanto ‘A culpa é das estrelas’. É minha próxima leitura, e vou tentar ao máximo evitar comparações com o livro anterior.

E ganhei, da queria Fabiana do Adoro Romances de Aracaju, o livro ‘Cidade dos Anjos Caídos’ – quarto volume da série Instrumentos Mortais.
Queria muito o livro e fiquei muito feliz com o presente, viu Fabi?! Obrigado!

Olha todos os livrinhos juntos! *-*

É isso leitores, espero que tenham gostado da estreia da coluna – e espero que seja o o primeiro de muitos ‘Correios Literários’.
O que acharam?!
Abraços!!!





quinta-feira, 11 de abril de 2013

[Destaque Nacional] O maníaco do circo e o menino que tinha medo de palhaços - Leonardo Barros

Título: O maníaco do circo e o menino que tinha medo de palhaços
Autor: Leonardo Barros
Editora: All Print
N° de páginas: 274
Sinopse: O Maníaco do Circo” aborda o tema da psicopatia, da fobia, e conta a história de Renato, uma criança com personalidade psicopata que, através de sonhos e alucinações, constrói um mundo mítico onde os palhaços são manifestações materiais de um demônio. O garotinho cresceu e se tornou um homicida missionário. Sua missão: tentar purificar as almas possuídas por esse demônio, ou livrar o mundo de sua ameaça. O leitor vai acompanhar a gênese da loucura, a espontaneidade da primeira execução e a necessidade que o psicopata tem de dar continuidade a uma sina mórbida, tão necessária para ele quanto o próprio ar. Até que a história se complica com o aparecimento de um criminoso, apelidado de “Maníaco do Circo”, que assola a cidade, deixando todos perplexos com a sua crueldade. Quem é o Maníaco do Circo? Quem se esconde por trás da maquiagem de palhaço? Esse mistério, somente você poderá desvendar!

Nota Pessoal:
“Aprendi que uma única palavra pode causar estragos maiores que uma bala de revólver...” Pág:78
Mais que um mero romance policial, ‘O maníaco do circo’ é um thriller psicológico um tanto quanto surpreendente, sobre como um trauma iniciado na infância pode trazer consequências futuras drásticas.
Renato é um menino ‘esquecido’ pela mãe. Ele é aplicado, estudioso e faz tudo para seguir as regras impostas. Mas o garoto sofre de asma, e sua mãe está sempre culpando-o de tudo de errado que acontece.
Não tendo dinheiro suficiente para comprar e manter o tratamento do garoto, sua mãe apela para a arma mais forte que tem: o corpo. E foi em uma das visitas ao médico que ela começou a insinuar-se para o doutor, conseguindo assim os remédios necessários para amenizar as crises de Renato.
Só que ela era ocupada demais, e não tinha controle quanto ao uso dos remédios controlados. E é a partir daí, com o uso exacerbado e fora de hora, que o garoto começa a criar medos e traumas, a princípio de sua luminária, que exibia minúsculas imagens de palhaços, transformando-se em uma bola de neve, ao criar no subconsciente a imagem de que palhaços eram seres demoníacos.
Uma mudança brusca no cenário, e Renato já encontra-se em sua fase adulta. Uma fase que provou-se uma das piores, por criar a situação de necessidade de exterminar todo e qualquer palhaço da terra. Pior que isso, ele criou a ilusão de ter que acabar com toda e qualquer pessoa que usasse a cor vermelha.
De um ponto de vista geral – da história como um todo – eu gostei bastante do que li. Porém, nem todas as minhas expectativas foram supridas. Não pelo fato de eu ter achado o livro ruim – porque eu não achei – mas por ter criado expectativas demais.
A parte que não gostei foi o desenvolvimento. O começo e o fim foram as melhores  – o começo por ser a introdução de tudo: os motivos que levaram Renato a ter esse trauma, o terror psicológico que ele vivia dentro de si mesmo – e o fim – porque eu senti a mesma genialidade do livro mais recendo do autor: ‘Presságio’, surpreendente, inimaginável e um tanto satisfatório...ou esperado, mas não previsível.
Gostei do fato do livro apresentar histórias aparentemente independentes, desconexas e desnecessárias, mas que no fundo são/foram de fundamental importância para dar um suspense e um clímax ao final do livro.
Além do livro apresentar personagens muito bem construídos. O que eu quero dizer, reafirmando o que já falei, é que o autor construiu cenas isoladas, que poderiam passar despercebidas por a princípio não apresentarem nenhuma ligação perceptível com o enredo no geral – porque quando você começa a ler, seu foco fica total e completamente na história de Renato – mas que são fundamentais para você entender todo o contexto que o livro propõe.
Exemplo disso é a personagem Brenda, que é apresentada como uma das próximas vítimas de Renato, quando na verdade seu destaque no livro seria muito mais significativo. Ela é uma personagem que me surpreendeu pelo passado traumático, mas que independentemente disso soube superá-lo – claro que não completamente – e tirar uma lição para sua vida.
Em contrapartida – e depois de um início muito bom – achei o desenvolvimento um pouco fraco e cansativo. Algumas coisas foram realmente desnecessárias e eu acabei achando que ficou um vácuo entre um bom início e um ótimo final.
Se foi um livro que me surpreendeu?! Sim, muito. E isso não contradiz minha opinião de que não superou tudo que eu esperava. Na verdade, no contexto da história o final foi o mais surpreendente e necessário para torná-la boa.
Bom...se você gostou da temática do livro, com certeza eu recomendo. Mas lembre-se que mais que um romance policial, o livro apresenta-se como uma trama psicológica, que mostra até onde seus medos e traumas da infância podem afetar sua vida adulta.
BOA LEITURA!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

[Resenha] O Inferno de Gabriel - Sylvain Reynard

Título: O Inferno de Gabriel
Título Original: Gabriel’s Inferno
Autor(a): Sylvain Reynard
Editora: Arqueiro
N° de páginas: 500
Sinopse: Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites.
O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados.
Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer.
Assim que põe os olhos em Julia, Gabriel é tomado por uma estranha sensação de familiaridade, embora não saiba dizer por quê. A inexplicável e profunda conexão que existe entre eles deixa o professor numa situação delicada, que colocará sua carreira em risco e o obrigará a enfrentar os fantasmas dos quais sempre tentou fugir.
Primeiro livro de uma trilogia, O inferno de Gabriel explora com brilhantismo a sensualidade de uma paixão proibida. É a história envolvente de dois amantes lutando para superar seus infernos pessoais e enfim viver a redenção que só o verdadeiro amor torna possível.
Nota Pessoal:
‘O Inferno de Gabriel’ foi uma leitura rápida, interessante, porém, vazia.  Não o defino como exatamente bom, e muito menos, ruim. Acho que o livro encontra um meio termo entre uma definição e outra. Existiram coisas que me decepcionaram, mas também teve cenas que me agradaram.
Julia é aluna de mestrado da Universidade de Toronto. Querendo especializar-se em Dante, ela faz de tudo para ser uma aluna aplicada. Se não fosse ele: Gabriel Emerson, o renomado professor da Universidade, especialista em Dante. Tudo estaria perfeito se ele não fosse rude, atormentado e extremamente arrogante e atraente, e ela não fosse frágil, angelical e estivesse irrevogavelmente atraída pelo professor.
Só que existem vários ‘se’ nessa história. E se ele escondesse um passado sombrio e enigmático, escondendo-se na fachada de professor arrogante?! E se ela não insistisse nessa história de especializar-se em Dante?! E se eles não tivessem um passado juntos?!
Gabriel é daqueles personagens que você odeia logo de cara. Ele é simplesmente e incrivelmente arrogante, ‘dono da verdade’, e desprezível. Julia é daquelas típicas desses romances ‘eróticos’ – fanfics de crepúsculo – sentimental, insegura, que não consegue encontrar uma qualidade sequer em si mesma e que se auto deprecia ao extremo.
Apesar de estarem em pontos extremamente opostos – professor/aluna – Julia não consegue superar um passado que teve – ou pensou ter – com o professor Emerson. Enquanto ele finge não dá a mínima para aquela estudante, quando na verdade está total e completamente atraído por ela.
 A Julia parece sempre estar vivendo num estado totalmente-depressivo-pode-me-humilhar.
“Julia nunca se perguntava por que coisas ruins aconteciam com todo pessoas boas, pois já sabia a resposta: coisas ruins aconteciam com todo mundo [...] Por que ela receberia um tratamento especial, privilegiado?” Pág: 186
Mas como uma pessoa pode estar supostamente apaixonada por outra, e tratá-la como Gabriel tratava Julia?! Sinceramente, não entendo. E pior: como alguém pode deixar-se ser tratado, como ele fez com ela?! Ele simplesmente a humilha, ironiza tudo que diz respeito a ela e fica vangloriando-se por simplesmente ser um dos melhores professores da Universidade.
Isso mesmo, ele faz tudo isso e mais um pouco, enquanto Julia assiste como uma mera telespectadora. É no mínimo estranho você ler algo assim, porque dá vontade de entrar no livro e dar um ‘chá de semacol’ ao personagem.
E depois de toda a humilhação, ele vira o príncipe encantado. Pois é, de um extremo a outro, Gabriel enfim sai do seu estado sapo para ser ‘sou seu príncipe encantado, vamos viver felizes para sempre!’.
E fica aquele joguinho de gato e rato: quero você, não quero você, peguei você, não mereço você e blá blá blá. Não me convenceu totalmente. Acho que demorou um pouco para eu acostumar com essa mudança repentina de Gabriel – embora, eu consegui mudar minha visão sobre ele, não totalmente porque o que ele fez né?!.
E uma coisa que sempre me incomoda é que depois de tanto destrato, tudo fica bem. Acho válido que sempre tem de haver um troco – e nunca tem. Gabriel fez o que quis com ela e depois é como se nada tivesse acontecido. Ele tentou se redimir e tudo que Julia conseguiu foi ficar com ele e pronto.
Em contrapartida, gostei de alguns diálogos inteligentes. Costumo associar assim: o que o Gabriel tem de inteligência, tem de arrogância – ao menos no começo.
O livro todo é levado num ritmo bem normal, sem nenhum grande acontecimento – exceto quando ambos os personagens sentem-se confiantes o bastante para revelar seus traumas do passado.
E foi por isso que até ‘tentei’ entender o comportamento de ambos. O que os levaram a agir de determinada maneira diante de determinada situação. ‘Tentei’ ver o comportamento tímido e submisso de Júlia como reflexo de um passado sombrio e um pouco desestruturado. E apesar de ter um segredo que o atormenta, nada....repito -  nada - pra mim justifica o fato de ele tratá-la do jeito que a tratou.
Gostei também por tratar-se mais de um livro sensual que sexual. O livro tem todo um erotismo, mas nada depreciativo ou sadomasoquista- não que eu seja contra, cada um tem seu gosto. Não tem altas cenas picantes, mas tem uma atmosfera sensual que permeia toda a história.
“ – Então deixe-me cuidar de você – sussurrou ele, seu olhar intenso e fixo.
- Você poderia ter a qualquer mulher que quisesse, Gabriel. [...]
- Eu só quero você.” Pág: 328
Se você gosta desse gênero de leitura, poderá gostar, se não, e pretende ler um livro do tipo, recomendo ‘O Inferno de Gabriel’. Apesar de todos os seus pontos negativos, foi o' melhorzinho' que li, desses que estão pipocando no mercado literário.
BOA LEITURA!